sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A LOUCURA DO POETA

Que a voz do Poeta não se cale
Que os olhos do Poeta não se fechem
Que os seus versos sejam a sirene
Que alerta toda a gente à sua volta
Que o poema seja o grito inconformado
Dos braços que se erguem na revolta
Contra os braços curvados e a cerviz
Submissa ao peso da opressão
Que o poema seja sempre vertical
Um relâmpago enorme em noite escura
Que o Poema seja uma canção
E rasgue o medo em mil pedaços
Com versos de amor e de ternura
Espalhados por mil bocas e mil braços
Que o Poeta seja mais que um ser humano
E que tanja a lira do seu canto
Elevando a Poesia até ao céu
E que entregue aos homens o seu Fogo Assumindo o papel de Prometeu..
Quando o Poeta escreve por Amor A palavra torna-se a armadura
Com que o Homem vence a própria dor
E destrói o vírus da amargura...
É louco, o Poeta?
Deixem lá:
O mundo precisa da loucura...

1 comentário:

lurdeskida disse...

Podes crer amiga o que seria de nós sem um pouco de loucura???
Beijinhos e Parabens tens jeito.